O Brasil é um dos países no mundo que sofrem com a desertificação dentro de seu território. O fenômeno é causado pelo desmatamento desenfreado e pelas práticas erradas de uso do solo para atividades econômicas que extrapolam a capacidade de suporte e de sustentabilidade de uma área.
No país, os efeitos da desertificação podem ser mais visíveis nas ASDs (Áreas Suscetíveis à Desertificação) localizadas no Nordeste e em uma pequena área do Sudeste. Atualmente mais de 1.480 municípios dos nove Estados que compõem o Nordeste já são atingidos por este fenômeno segundo o Ministério do Meio Ambiente. E não é somente nesta região que o fenômeno ocorre, já que algumas cidades do norte de Minas e do Espírito Santo também são atingidas.
Dentre essas áreas há outras em que a situação é mais grave. São os chamados núcleos de desertificação, onde o processo está bem mais avançado, como Seridó (RN), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Em alguns Estados do Nordeste, o modelo de produção baseado em intenso desmatamento, provocou mudanças climáticas que evoluíram para um tipo de desertificação somente visto no continente africano. O problema avança também para os entornos das regiões semi-áridas e subúmidas secas.
Problema aumenta
A área total de desertificação brasileira aumentou de cerca de 900 mil km2 (2003) para mais de 1,30 milhão de km2 em 2007, o que equivale a 15,7% do território nacional. Segundo informações do Programa de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, se essa situação continuar, as regiões semi-áridas do Brasil podem se transformar em áridas ou semi-desertos, num prazo de 60 anos. Assim como as subúmidas secas se transformarão em semi-áridas e serão as áreas que mais sofrerão os impactos do aquecimento global no Brasil.
No Brasil temos a também a presença de grandes espaços aparentemente sem sinal de vida ou água, mas que não se enquadram na categoria de deserto, embora sejam denominados como áreas de atenção especial. São os chamados areais ou regiões de arenização, que aparecem no Rio Grande do Sul e na região Centro-Oeste, área conhecida geologicamente como formação Botucatu - um solo pobre, com muita areia em sua composição. Embora um fenômeno já bastante antigo nessa área, foi agravado pelo uso inadequado do solo.
Atualmente, vêm sendo desenvolvidos estudos e ações que estão ajudando a mudar a realidade das regiões atingidas pelo problema. Mas sociedade e dirigentes ainda não se perguntaram o quanto e o que é efetivamente necessário para garantir o suprimento de alimentos, tendo em vista evitar os crescentes desastres causados ao meio ambiente e a necessidade de garantir uma população longe da miséria e da fome.
O processo de desertificação se manifesta de duas maneiras diferentes, além de trazer inúmeras consequências. A partir do site:
http://www.iicadesertification.org.br/
pesquise essas maneiras e mostre alguma das consequências.
terça-feira, 27 de maio de 2008
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11 comentários:
o problema eh ke: programas governamentais e acadêmicos que lidam com o tema - foi sacramentada na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, de 1994. E é seguindo tal definição que os processos de desertificação devem ser encarados e combatidos. É importante fazer esta distinção, pois o termo deve ser aplicado somente aos processos que ocorrem nas áreas "áridas, semi-áridas e subúmidas secas" - o que, no Brasil, significa dizer que ele só pode ocorrer no norte e no nordeste. Isso deixa de fora, portanto, as áreas ao sul do país que também estão sofrendo forte processo de degradação, com causas semelhantes
O fenômeno deve-se à degradação de terras, resultante de fatores climáticos e da ação humana. Para ser classificada como tal, a degradação deve ocorrer em regiões de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco e pela falta de água é mais um problema que contibui.
O processo de desertificação se manifesta de duas maneiras diferentes:
1) difusa no território, abrangendo diferentes níveis de degradação dos solos, da vegetação e dos recursos hídricos;
2) concentrada em pequenas porções do território, porém com intensa degradação dos recursos da terra.
As consequências são várias, entre elas:
1) sérios problemas econômicos;
2) agrava o desequilíbrio regional;
3) leva a população à migrar para os centros urbanos.
As áreas susceptíveis à desertificação e enquadradas no escopo de aplicação da Conveção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação são aquelas de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco.
A desertificação agrava o desequilíbrio regional. Nas regiões mais pobres do planeta, existe uma grande lacuna a ser preenchida quanto ao desenvolvimento econômico e social entre as áreas susceptíveis ou em processo de desertificação e as áreas mais desenvolvidas. Outro obstáculo a superar é a ação política tradicional, baseada na exploração das populações mais fragilizadas.
as duas maneiras que a desertifacação se manifesta é 1) difusa no território, abrangendo diferentes níveis de degradação dos solos, da vegetação e dos recursos hídricos; 2) concentrada em pequenas porções do território, porém com intensa degradação dos recursos da terra.
consequências:
1)problemas sociais relacionados aos custos econômicos.
2)falta de perspectivas.
1º) difusa no território, abrangendo diferentes níveis de degradação dos solos, da vegetação e dos recursos hídricos;
2º) concentrada em pequenas porções do território, porém com intensa degradação dos recursos da terra.
As áreas susceptíveis à desertificação e enquadradas no escopo de aplicação da Conveção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação são aquelas de clima árido, semi-árido e sub-úmido seco. Conforme a definição aceita internacionalmente, o Índice de Aridez, definido como a razão entre a Precipitação e a Evapotranspiração Potencial, estabelece as seguintes classes climáticas: O processo de desertificação se manifesta de duas maneiras diferentes: i) difusa no território, abrangendo diferentes níveis de degradação dos solos, da vegetação e dos recursos hídricos; ii) concentrada em pequenas porções do território, porém com intensa degradação dos recursos da terra.
Os estudos disponíveis indicam que a área afetada de forma Muito Grave é de 98.595 km2, 10% do semi-árido e as áreas afetadas de forma Grave atingem 81.870 km2, 8% do território. Deve-se acrescentar que as demais áreas sujeitas ao antropismo, 393.897 km2, sofrem degradação Moderada.
Além destas áreas com níveis de degradação difusos, podem ser citadas 4 áreas com intensa degradação, segundo a literatura especializada, os chamados Núcleos de Desertificação. São eles: Gilbués-PI, Irauçuba-CE, Seridó-RN e Cabrobó-PE, totalizando uma área de 18.743,5 km2.
O desenvolvimento das atividades de preparação do Plano Nacional de Combate à Desertificação - PNCD leva em consideração estes dois níveis de ocorrência do fenômeno, sendo que as ações requeridas para cada um deles serão de naturezas diferentes.
lnadequação dos sistemas produtivos. Formas inadequadas de manejo da terra vêm provocando degradação dos solos, da vegetação e da biodiversidade.
Os problemas sociais estão intimamente relacionados aos custos econômicos. Segundo estimativas das Nações Unidas, uma dieta nutricionalmente adequada para a crescente população mundial implica a triplicação da produção de alimentos ao longo dos próximos 50 anos, meta difícil de se alcançar mesmo sob condições favoráveis. Dentro desta perspectiva pode-se esperar um agravamento significativo no quadro de desnutrição, falência econômica, baixo nível educacional e concentração de renda e poder que já existem tradicionalmente em muitas áreas propensas à desertificação nos países pobres ou em desenvolvimento. Sob essas condições vivem milhões de pessoas com pouca chance de se enquadrar em uma economia cada vez mais moderna e globalizada.
A falta de perspectivas leva a população à migrar para os centros urbanos. Procurando condições mais favoráveis de sobrevivência, estes migrantes tendem a agravar os problemas de infra-estrutura (transporte, saneamento, abastecimento, entre outros) já existentes nos centros urbanos. Verifica-se também um aumento nos níveis de desemprego e violência urbana.
A desertificação agrava o desequilíbrio regional. Nas regiões mais pobres do planeta, existe uma grande lacuna a ser preenchida quanto ao desenvolvimento econômico e social entre as áreas susceptíveis ou em processo de desertificação e as áreas mais desenvolvidas. Outro obstáculo a superar é a ação política tradicional, baseada na exploração das populações mais fragilizadas.
francisco carlos e thomaz.
Outro problema é que: A desertificação agrava o desequilíbrio regional. Nas regiões mais pobres do planeta, existe uma grande lacuna a ser preenchida quanto ao desenvolvimento econômico e social entre as áreas susceptíveis ou em processo de desertificação e as áreas mais desenvolvidas. Outro obstáculo a superar é a ação política tradicional, baseada na exploração das populações mais fragilizadas.
A discussão conceitual sobre desertificação evoluiu durante os anos 80 e se consolidou no documento discutido e aprovado durante a Conferência do Rio em 1992, a Agenda 21.
A Agenda 21, em seu capítulo 12, definiu a desertificação como sendo "a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas", sendo que, por "degradação da terra" se entende a degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação e a redução da qualidade de vida das populações afetadas.
Ainda durante a Rio-92, vários países com problemas de desertificação propuseram à Assembléia Geral que aprovasse a negociação de uma Convenção Internacional sobre o tema. A Assembléia Geral aprovou a negociação da Convenção, que foi realizada a partir de janeiro de 1993 e finalizada em 17 de junho de 1994, data que se transformou no Dia Mundial de Luta contra a Desertificação.
A Convenção Internacional de Combate à Desertificação, que já foi assinada por mais de 100 países, já está em vigor desde 26 de dezembro de 1996, após a ratificação de mais de 50 países e sua implementação se dará através dos Anexos de Aplicação Regional, dentre os quais destaca-se aquele dedicado à América Latina e Caribe.
Causas da Desertificação
A desertificação é a degradação das terras secas. Este processo consiste na perda da produtividade biológica e econômica das terras agrícolas, das pastagens e das áreas de matas nativas devido às variabilidades climáticas e às atividades humanas.
As terras secas se adaptam às variações climáticas. Por definição, as regiões semi-áridas têm fortes limitações de água doce. As precipitações podem variar consideravelmente ao longo do ano e períodos de seca prolongada podem durar vários anos. Isto fez com que houvesse uma adaptação da flora e fauna à disponibilidade de água e umidade nessas regiões.
O crescimento da população e da densidade populacional contribuem para a exploração dos recursos naturais para além de sua capacidade de suporte. O aumento da população, assim como das demandas por alimentos, energia e outros recursos naturais, vem provocando importantes impactos na base de recursos naturais das regiões semi-áridas.
lnadequação dos sistemas produtivos. Formas inadequadas de manejo da terra vêm provocando degradação dos solos, da vegetação e da biodiversidade.
Consequências da Desertificação
A degradação das terras secas causa sérios problemas económicos. Isto se verifica principalmente no setor agrícola, com o comprometimento da produção de alimentos. Além do enorme prejuízo causado pela quebra de safras e diminuição da produção, existe o custo quase incalculável de recuperação da capacidade produtiva de extensas áreas agrícolas e da extinção de espécies nativas, algumas com alto valor econômico e outras que podem vir a ser aproveitadas na agropecuária, inclusive no melhoramento genético, ou nas indústrias farmacêutica, química e outras.
Os problemas sociais estão intimamente relacionados aos custos econômicos. Segundo estimativas das Nações Unidas, uma dieta nutricionalmente adequada para a crescente população mundial implica a triplicação da produção de alimentos ao longo dos próximos 50 anos, meta difícil de se alcançar mesmo sob condições favoráveis. Dentro desta perspectiva pode-se esperar um agravamento significativo no quadro de desnutrição, falência econômica, baixo nível educacional e concentração de renda e poder que já existem tradicionalmente em muitas áreas propensas à desertificação nos países pobres ou em desenvolvimento. Sob essas condições vivem milhões de pessoas com pouca chance de se enquadrar em uma economia cada vez mais moderna e globalizada.
A falta de perspectivas leva a população à migrar para os centros urbanos. Procurando condições mais favoráveis de sobrevivência, estes migrantes tendem a agravar os problemas de infra-estrutura (transporte, saneamento, abastecimento, entre outros) já existentes nos centros urbanos. Verifica-se também um aumento nos níveis de desemprego e violência urbana.
A desertificação agrava o desequilíbrio regional. Nas regiões mais pobres do planeta, existe uma grande lacuna a ser preenchida quanto ao desenvolvimento econômico e social entre as áreas susceptíveis ou em processo de desertificação e as áreas mais desenvolvidas. Outro obstáculo a superar é a ação política tradicional, baseada na exploração das populações mais fragilizadas.
Os mercados internacionais podem estimular a sobre-exploração dos recursos. A recente integração das economias das regiões semi-áridas aos mercados nacionais e internacionais, vem estimulando uma maior exploração dos recursos para atender às crescentes demandas.
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