sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O CERRADO BRASILEIRO E A SUA PRESERVAÇÃO

Estudo da Conservação Internacional (CI), organismo de atuação internacional na área do meio ambiente, com representação no Brasil, aponta que o cerrado brasileiro - bioma encontrado em partes do norte, centro e nordeste do Brasil - corre o risco de desaparecer totalmente até 2030. A divulgação do trabalho foi feita durante o Seminário Internacional Bioma Cerrado, que aconteceu no Estado do Maranhão. O ritmo no qual esse tipo de vegetação vem sendo destruída é alarmante, com uma taxa anual de 1,5% - o equivalente a 3 milhões de hectares. De acordo com a CI, dos 204 milhões de hectares originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes já estão bastante alteradas. Ricardo Machado, diretor do organismo e um dos autores do estudo, explicou que "o Cerrado perde 2,6 campos de futebol por minuto de sua cobertura vegetal. Essa taxa de desmatamento é 10 vezes maior que a da Mata Atlântica, que é de um campo a cada quatro minutos".



O trabalho apresenta como principais causas do desmatamento o crescimento da fronteira agrícola, as queimadas e a expansão sem planejamento das áreas urbanas. Os Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso e o oeste da Bahia são as regiões onde mais se constatam a destruição. De acordo com Machado, boa parte do desmatamento acontece porque não existem iniciativas de proteção voltada para a vegetação, pois boa parte dos mecanismos de defesa se concentra mais na Mata Atlântica. "Muitos líderes e tomadores de decisão defendem, equivocadamente, o desmatamento do Cerrado só porque não é coberto por densas florestas tropicais, como a Mata Atlântica ou a Amazônia. Essa posição ignora o fato do bioma abrigar a mais rica savana do mundo, com grande biodiversidade, e recursos hídricos valiosos para o Brasil", disse. Entre os problemas provocados pelo desmatamento no Cerrado estão a degradação de rios importantes como o São Francisco e o Tocantins e a destruição do habitat que compromete a sobrevivência de milhares de espécies, muitas delas endêmicas, ou seja, que só ocorrem ali e em nenhum outro lugar do planeta, como o papagaio-galego (Amazona xanthops) e a raposa-do-campo.
O cerrado é um dos principais biomas do país, ocupa cerca de 22% de todo o território, mas sofre com a ameaça constante de extinção, essa previsão pessimista é proveniente do atual quadro ambiental em que se encontra o cerrado, no qual, aproximadamente 80% da biodiversidade já sofreu alterações na fauna e flora.

11 de setembro foi o dia do cerrado e sabemos que existem várias medidas que podem vir a ser adotadas para a conservação desse bioma tão importante para a preservação da fauna e flora de nosso país. Pesquisem essas medidas e postem suas respostas.

18 comentários:

Unknown disse...

1. A forma atual de ocupação dos cerrados, realizada sem qualquer consulta ou participação da sociedade no processo, é uma face do modelo de desenvolvimento adotado no Brasil nas últimas décadas. Assenta-se no financiamento subsidiado e incentivos fiscais, na concentração fundiária, na utilização de pacotes tecnológicos, na implantação de infra-estrutura subsidiando o capital e na expulsão das populações rurais pela desestruturação de suas formas de produção.

2. O ecossistema do cerrado, visto como adequado para a expansão das atividades de exploração agropecuária e florestal vem sendo agredido e já destruído em cerca de 75% de sua extensão, principalmente através de:

• Desmatamento indiscriminado de sua vegetação e implantação de maciços homogêneos de eucalipto para a produção de carvão, a afim de abastecer as indústrias siderúrgicas que produzem ferro guza, exportado principalmente para o Japão, e de celuloses;

• Implantação de grandes extensões de pastagens homogêneas e monoculturas de exportação consumidoras de todo pacote tecnológico industrial: corretivos de solo, fertilizantes químicos, herbicidas, pesticidas e maquinaria pesada;

• Instalação de grandes projetos de irrigação com uso intenso e indiscriminado dos recursos hídricos e de energia;

• Instalação de grandes barragens ao longo dos principais cursos d’água, para fins de geração de energia elétrica.

3. Todas essas ações vêm provocando uma série de impactos ambientais e sociais, destacando-se entre eles:

• A redução drástica da enorme a ainda desconhecida biodiversidade existente nos cerrados;

• A degradação dos solos devido principalmente ao uso de maquinaria pesada e produtos químicos que deflagram e aceleram um processo de erosão e esterilização;

• A poluição e contaminação não só dos solos, mas também da água e, consequentemente de todos os animais (inclusive o homem) que dela se servem;

• Assoreamento e diminuição dos recursos hídricos superficiais e subterrâneo em função de todas as formas de desmatamento d cerrado, que devido à sua característica de baixo consumo de água e capacidade de infiltração de seus solos, funciona como uma “esponja” captadora e armazenadora de água. Em conseqüência é diminuída também a sua grande capacidade de dispersor de águas;

• Intensificação do processo de concentração fundiária com expulsão, migração e empobrecimento dos pequenos agricultores e trabalhadores rurais, gerando novos e insolúveis problemas nos médios e grandes centros urbanos;

• Desagregação das comunidades locais em seus valores culturais, usos, costumes e simbologia.

Unknown disse...

A secretária de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Maria Cecília Wey de Brito, renovou o seu apoio à aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 15, de 1995, que torna o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacional. Atualmente, a Constituição prevê essa distinção apenas para a Amazônia, o Pantanal, a Mata Atlântica e a Zona Costeira.

Gabriela Alves

Unknown disse...

a Pequi é uma ong criado por estudantes e professores da area com o intuito de promover a preservaçao do cerrado brasileiro.A Pequi tem atuado apoiando diversas iniciativas em prol da conservação do Cerrado, como manifestações, encontros de estudantes, reuniões de trabalho de pesquisadores, projetos de pós-graduação e iniciativas privadas. Além disso, temos desenvolvido projetos próprios e em parceria com outras instituições. A Pequi vem buscando o constante fortalecimento institucional, principalmente pela expansão e consolidação da rede de parceiros, de modo que possamos apoiar e realizar ações cada mais efetivas para que o Cerrado não seja desnecessariamente destruído como outros biomas brasileiros já foram. Trabalhamos para que o meio ambiente seja visto como aliado do homem e não apenas um empecilho para suas atividades.

Uma das primeiras ações da Pequi foi se juntar a outras organizações em prol do meio ambiente e promover mobilizações para impedir que o Código Florestal fosse alterado, reduzindo a área das Reservas Legais em propriedades rurais. Concomitante a estas mobilizações foi criado, pela Pequi, o Núcleo de Discussões Sócioambientais, o qual desde sua fundação foi sempre um fórum para discutir questões políticas como a do Código Florestal e a divulgação de trabalhos científicos aplicados para a conservação do Cerrado. Além de atuar politicamente, a Pequi tem gerado uma série de informações científicas, como as que subsidiaram a criação da Estação Ecológica do Jalapão, TO, a maior Unidade de Conservação Federal do Cerrado.

Unknown disse...

O Cerrado encontra-se protegido, como direito metaindividual a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, não chegou a ser erigido à importância dada à Amazônia, Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal e Zona Costeira, o que traria maior rigor quanto à sua utilização. A velocidade das mudanças se sobrepôs à redação, agora ultrapassada, do § 4º. A CF/88, escrita e promulgada justamente em Brasília, área de Cerrado, foi olvidada pelo legislador. Efeito da inclusão do Cerrado no § 4º seria, inclusive, o tratamento diferenciado perante a Corte Constitucional, que tem examinado questões, especificamente, sob o prisma do § 4º do artigo 225 (v.g. (, e ). Ter-se-ia, ademais disso, limitações destinadas à preservação, especificadas no citado § 4º. Tanto mais essencial se faz a compatibilização entre o mundo real e a vontade do constituinte de salvaguardar os biomas mais importantes, quando se nota que o desmatamento e ocupação para agropecuária, sem o nefasto “efeito estufa”, já conseguem por em risco esse patrimônio que nos é fundamental. Portanto, ao Cerrado deve ser dado o mesmo valor jurídico que no plano constitucional outorgou-se aos demais biomas, ainda mais diante da situação de fragilidade que passa e, infelizmente, tende a agravar-se.

Mateus disse...

Para mostrar um caminho que parece ser a solução mais acertada, pesquisadores da Embrapa Cerrado, localizada em Sobradinho, no Distrito Federal, realizou um dia de campo em suas dependências, no dia 26 de maio. Reunido mais de 600 pessoas, o encontro serviu para mostrar um sistema de Produção de Carne a Pasto e recuperação e manejo de pastagens, pesquisa que começou em 1998. Em cada uma das estações de demonstração, foram tratados temas como, recuperação de pastagens, uso de leguminosa forrageiras, manejo e desempenho animal em pastos recuperados, influência do componente genético animal e a integração da agricultura com pastagens.

Unknown disse...

para preservar o cerrado
é preciso:
alem de ele ajudar a evitar o aquecimento global,ele possui matas que tem que ser preservadas enquanto há tempo,se nao podera desaparecer daqui a 20 anos,ele possui varios tipos de recursos naturais,que nao podem desaparecer assim irá matar a fauna e a flora.

Unknown disse...

São necessárias medidas urgentes para salvar o cerrado paulista e brasileiro da extinção. Além da preservação da fauna e da flora, os pesquisadores chamam a atenção para o risco de contaminação do Aqüífero Guarani pelos agrotóxicos das grandes plantações e pela devastação da proteção natural proporcionada pelo cerrado. O aqüífero, a maior reserva de água doce subterrânea do mundo, é considerado vital para o futuro do abastecimento de água em grande parte da América do Sul. Atualmente, grandes cidades, como Ribeirão Preto, já utilizam água do Aqüífero para o abastecimento.

Alice

Unknown disse...

O cerrado atinge 10 estados brasileiros, numa área que corresponde a 22% do território nacional. Considerado um hotspot (áreas em que há alto grau de endemismo) da biodiversidade, o cerrado tem importância fundamental já que é uma área transitória entre a floresta Amazônica, a caatinga e a Mata Atlântica. Entretanto, tem sido muito explorado por agricultores e pecuaristas. "Realmente, a pressão econômica em cima do uso dessas áreas é muito grande. A proteção que é dada é tão frágil que a não ser que tenha uma mudança relativamente rápida, acho que será muito difícil preservar áreas de cerrado", alerta o botânico, George shepherd, da Unicamp.

Poucas são as reservas do cerrado. Dependendo da localização, existe uma diversidade diferente de espécies. Cerca de 44% das espécies de plantas são endêmicas. Para shepherd, o cerrado é a vegetação que mais está desaparecendo. Trata-se de uma vegetação extremamente vulnerável, já que é de fácil cultivo.

A Fundação Emas, ONG que reúne a administração do Parque das Emas e a Conservation International do Brasil (CI), vêm desenvolvendo o projeto Corredor Pantanal e Cerrado, próximo ao Parque Nacional das Emas, em Goiás. A área é considerada chave para a conservação do cerrado. O projeto, iniciado em 2000, deverá ser concluído em 2005. Conta com um investimento de cerca de U$5 milhões, administrados pela CI e distribuídos entre os colaboradores do projeto: Ibama; Embrapa; outras ONGs; a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (GO, MS); a Universidade Federal de Goiás, entre outros.

Caio Lucena disse...

netse site:http://www.camara.gov.br/sileg/integras/152940.pdf tem uma lei que proteje os cerrados brasileiros

Unknown disse...

"O Cerrado e outros ecossistemas, quando alterados na sua composição e no seu uso, acabam influenciando nas mudanças climáticas porque proporcionam a liberação daquele carbono que estava estocado nas vegetações", disse Maria Cecília, em entrevista, no Senado Federal, após participar de audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.
A secretária aproveitou a oportunidade para renovar o seu apoio à aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 15, de 1995, que torna o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacional.
O Cerrado é importantíssimo, principalmente por conta da sua rica biodiversidade. Ele representa uma área territorial enorme do Brasil e está na cabeceira das maiores bacias hidrográficas do País", disse Maria Cecília. "Com a PEC, a gente reconstitui para o povo brasileiro que o Cerrado e a Caatinga serão tão fundamentais quanto os outros biomas. Por isso, esse Dia do Cerrado tem essa particular importância", completou a secretária.

Unknown disse...

O Cerrado e outros ecossistemas, quando alterados na sua composição e no seu uso, acabam influenciando nas mudanças climáticas porque proporcionam a liberação daquele carbono que estava estocado nas vegetações", disse Maria Cecília, em entrevista, no Senado Federal, após participar de audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.
A secretária aproveitou a oportunidade para renovar o seu apoio à aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 15, de 1995, que torna o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacional.
O Cerrado é importantíssimo, principalmente por conta da sua rica biodiversidade. Ele representa uma área territorial enorme do Brasil e está na cabeceira das maiores bacias hidrográficas do País", disse Maria Cecília. "Com a PEC, a gente reconstitui para o povo brasileiro que o Cerrado e a Caatinga serão tão fundamentais quanto os outros biomas. Por isso, esse Dia do Cerrado tem essa particular importância", completou a secretária.

Anônimo disse...

O governo federal lançou um plano de emergência para salvar o que resta do Cerrado, que nas últimas décadas vem sendo devastado pela expansão agrícola no Centro-Oeste. Até 70% do Cerrado já desapareceu, mas o Brasil espera preservar o restante desse ecossistema, onde vivem várias comunidades indígenas e muitas espécies nativas.

O objetivo do governo é incentivar o uso sustentável e a preservação do Cerrado, onde vivem espécies raras de lobos, tamanduás e onças. O especialista Augusto Santiago disse que, para isso, o país pode receber US$ 30 milhões do fundo ambiental do Banco Mundial ao longo de oito anos.

O programa é semelhante ao que já existe na Amazônia. Ele estabelece reservas, corredores ambientais e projetos de ecoturismo e incentiva o uso sustentável das frutas, animais e plantas medicinais da região.

Unknown disse...

O Cerrado é segundo maior bioma do Brasil e caracteriza-se pela grande diversidade de tipos de ambientes, chamados de fitofisionomias, variando desde campos com vegetação rasteira até florestas, como o cerradão. Esses diferentes tipos de ambientes abrigam alta diversidade de espécies da fauna e da flora, sendo muitas destas endêmicas, ocorrendo apenas neste Bioma. Além da importância biológica, o Cerrado é o berço de nascentes e rios, pertencentes às três maiores bacias da América do Sul: São Francisco, Amazonas (Tocantins-Araguaia) e Paraná.Apesar da importância evidente dos recursos naturais presentes no Cerrado, este bioma é mal representado no sistema de unidades de conservação do país, e apenas 2,6% da sua extensão encontra-se protegida em unidades de conservação federais. Além disto, as poucas unidades de conservação existentes são mal distribuídas, pequenas em número e concentradas em poucas regiões. Ao mesmo tempo a velocidade de devastação é enorme e cerca de 80% de sua área original já foi alterada desordenadamente e as poucas áreas naturais restantes estão distribuídas em pequenos fragmentos, comprometendo a viabilidade da biodiversidade e dos recursos naturais desse Bioma.
Por essas características, o Cerrado é considerado uma das áreas mundiais de grande prioridade para a conservação da biodiversidade, tanto por sua riqueza biológica quanto pelo grau de alteração das paisagens naturais. A conservação do Cerrado é, ao mesmo tempo, um desafio para todos os setores da sociedade (Governo, OnGs, Associações de produtores e indivíduos); e um legado as gerações futuras.

Nina :) disse...

A presença de três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul (Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade .
Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal.O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente, vivem ali cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão,


O Cerrado encontra-se protegido, como direito metaindividual a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, não chegou a ser erigido à importância dada à Amazônia, Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal e Zona Costeira, o que traria maior rigor quanto à sua utilização. A velocidade das mudanças se sobrepôs à redação, agora ultrapassada, do § 4º. A CF/88, escrita e promulgada justamente em Brasília, área de Cerrado, foi olvidada pelo legislador.

Unknown disse...

Brasília, 30 de agosto de 2.007 - Mais de 300 deputados e alguns senadores que integram a Frente Parlamentar Ambientalista estão pedindo ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, a aprovação da emenda constitucional que inclui o Cerrado e a Caatinga na relação dos biomas considerados Patrimônio Nacional até o dia 12, quando se comemora o Dia do Cerrado.

O coordenador da Frente, deputado Sarney Filho (PV-MA), anunciou que os parlamentares e representantes de ONGs que integram o grupo Cerrado, ligado à Frente, programaram uma mobilização para os próximos dias com o objetivo de sensibilizar os parlamentares. A PEC número 115/95 já foi aprovada em todas as comissões temáticas, e está pronta para ser votada no plenário.

O grupo Cerrado, coordenado pela deputada Jusmari Oliveira (PR-BA) adiantou que no dia 12 a Frente promoverá um evento na Câmara, que será marcado por um café da manhã com produtos típicos do Cerrado, debate sobre a situação do bioma e um desfile de moda com peças confeccionadas com fibras da região.

A PEC inclui o Cerrado e a Caatinga na Constituição Federal como patrimônios relevantes, a exemplo do que já ocorre desde 1988 com a Mata Atlântica, a Floresta Amazônica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira. “A lei estabelece garantias para que os dois biomas tenham garantidos o ciclo hidrológico e a estabilidade climática; a manutenção da qualidade da água dos rios; e a contenção do desmatamento extensivo, da degradação do solo, do assoreamento dos rios e da contaminação ambiental”, afirmou Sarney Filho.

Anônimo disse...

O Cerrado brasileiro foi quase todo dizimado para transformar-se em celeiro agrícola e pecuário. Dos 204 milhões de hectares do bioma, apenas 30% estão mantidos. O risco de desaparececompletamente é real, se não forem adotadas medidas de contenção dos desmatamentos e do uso inadequado do solo e dos recursos hídricos. É
necessário que se estabeleça um bom plano de zoneamento florestal, de modo a garantir a preservação do que ainda resta do Cerrado.

Haver critério rígido nas licenças para desmatamento e na fiscalização da exigência de 20% de reserva legal nas propriedades. "Na hora de liberar projetos, os técnicos dos órgãos competentes (Ibama, Agência Ambiental) precisam ter clareza se há necessidade do novo desmatamento, para que serve o projeto, o que vai trazer de benefícios e os danos que causará ao meio ambiente.
Além de dificultar as licenças para desmatamentos, é preciso haver campanhas de conscientização para que as áreas de Cerrado existentes sejam mantidas. Os proprietários rurais precisam estar conscientes da necessidade de preservação e, em regiões onde o desmatamento é acentuado, evitar qualquer derrubada, mesmo em propriedades com mais de 20% de reserva. uma área desmatada há dez anos ou mais, onde se cultivam grãos ou formada em pasto de braquiária, uma gramínea extremamente invasiva, o Cerrado não se recupera mais.

Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Faeg, Osvaldo Guimarães, é preciso ser elaborado um plano consistente de reposição das reservas legais, envolvendo poder público, proprietários rurais, fontes de financiamento e órgãos ambientais, porque os produtores sozinhos, sem apoio, não têm condição de refazer áreas florestais, pela falta de recursos. Eles têm consciência da importância das reservas legais, mas é impossível repor em pouco tempo o que foi retirado ao longo de séculos de ocupação.

Guimarães observa que mesmo com as ações desenvolvidas para preservar o Cerrado, muita coisa ainda precisa ser feita, especialmente porque está em Goiás as nascentes das principais bacias hidrográficas do País e a preservação florestal é fundamental para sustentá-las. Uma ação a ser desencadeada pela Comissão de Meio Ambiente da Faeg em parceria com a organização não-governamental TNC e órgãos públicos é a recuperação e preservação da Bacia do Rio Meia Ponte, que servirá como exemplo para iniciativas semelhantes em Goiás e em outros Estados.

Nome: Thomaz.

Sycler_ disse...

O Cerrado e outros ecossistemas, quando alterados na sua composição e no seu uso, acabam influenciando nas mudanças climáticas porque proporcionam a liberação daquele carbono que estava estocado nas vegetações", disse Maria Cecília, em entrevista, no Senado Federal, após participar de audiência pública na Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional.

=D
A secretária aproveitou a oportunidade para renovar o seu apoio à aprovação da PEC - Proposta de Emenda Constitucional nº 15, de 1995, que torna o Cerrado e a Caatinga patrimônios nacional.
O Cerrado é importantíssimo, principalmente por conta da sua rica biodiversidade. Ele representa uma área territorial enorme do Brasil e está na cabeceira das maiores bacias hidrográficas do País", disse Maria Cecília. "Com a PEC, a gente reconstitui para o povo brasileiro que o Cerrado e a Caatinga serão tão fundamentais quanto os outros biomas. Por isso, esse Dia do Cerrado tem essa particular importância", completou a secretária.

Anônimo disse...

oi